domingo, 21 de outubro de 2007

Desde pequena, tinha um medo enorme de vir a ser uma mulher submissa. Possuo quase todos os sintomas, sabe?! O medo de ser maria(com letra minúscula!) era tão grande, que passei a torcer o nariz pra qualquer demonstração de companheirismo entre homens e mulheres. A paranóia mesmo era com a anulação; há tanta maria anulando-se por um qualquer joão. Lavando louça, tirando pó, criando filho, pra eles, pra eles, pra ele. Posso até ter sido muito radical em meus pensamentos, mas o papel de boneca inflável não estava no meu sketch. Acontece que um dia compreendi (com ajuda da minha mãe) que a fuga dos erros, a fuga dos encontrões, também é uma grande anulação. Devendo erros para a Luiza que vem, decidi, então, seguir, invariavelmente, com a fé de que um dia, possivelmente, a gente cansa de se dar.

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