segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sacos plásticos envoltos em queixos em mãos de avós em olhos azuis em cachos. Pastas verdes amparadas por pintas por coxas por canetas por dança por sorrisos por você. Flautas secas enfiadas em canos em matos em pontes em carnavais. Vestidos encobrindo sorrisos bochechas dentes amores vocês.

Da minha personalidade, da minha irmã, das minhas lembranças, das minhas moças.
Das coisas com as quais me importo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Processo criativo.
Pró-excesso criativo.
Pó-criativo.
Pocesso criativo.

Exceto criativo.
Baby, esse cabelo que te sobra na nuca, que arrepio.

Honey, delícia esse volume no seu calção.

Sugar, belo par de mãos.

Boy, quanto pêlo nessa pele.

Cara, que papo.

Estressante, my love.
De longe posso ver o ponto branco ao qual deveria seguir.Ele berra já ser tarde, mas ando mesmo com vontade de me atrasar.
Com poucos passos posso sentir o cheiro de chá, pronto pra servir. Eu não gosto de chá.
Os olhos bem abertos, não chegam a pesar.
A realeza sem sal me apavora.
A curiosidade de penetrar a toca chegou tarde, em nada me inspiram tocas.
Com a destreza de um crocodilo, faço a fineza de muito pouco (quase nada) me importar.
As células femininas são controladas por um demônio gigantesco chamado auto-piedade. Toda vez que a mulher pensa em se sentir bem, o demônio ricocheteia diretamente nas costas do núcleo feminino, dizendo “Alto lá, minha filha!”. Pior quando pensamos em exorcizar nossos demônios. Os viados conclamam uma enorme onda de medo, do fio dos cabelos à ponta dos pés, paralisando qualquer tentativa de auto-controle. Esse demônio tem nome, chama-se “Complexo de Cinderela”. Agora todas em conjunto, agradecendo ao Walt Disney.
Maldito dia em que você precisou de minha ajuda e não pude te ajudar. Maldito dia em que te olhei ao chão e travei. Maldito dia em que me marcou a ferro as chagas da infância. Maldito dia em que fiz de teu auxílio minha paranóia. Maldito dia em que seu amor fez de mim dependente. Maldito dia em que não pude sentir o (maior) erro seu em mim.

Maldito o dia em que não me dei conta de todos os malditos dias que ainda hão de vir.