segunda-feira, 7 de abril de 2008

Areia, areia, areia. E tanta areia. Nos mil flocos ela caminhava, tentava explicar-lhe o sentido de tudo aquilo. Raras vezes ela o via como um simples mortal; normalmente, ele era sexo. Tudo nele, sensual nele, um corte inspirador, um par de pernas, suaves, leves, decididas. Elas sim sabiam pra onde iriam. “Mexendo com as coisas, deparei-me com você”, ela dizia, “ Mas e quanto a mim, recém saída da sala de cirurgia?”.
Quase fazia frio e era forte o cheiro de mijo. Começou, então, com muito barulho; silêncio mesmo só o dela. Era noite e ela adorava costas. Ele de costas. E o papo, que papo. Mão na nuca, beijo na nuca. Comentários, olhares, ajoelha aqui. Aquilo iria longe demais.

- Falei mil vezes sobre você, coloquei você pra fora, vomitei. Isso tudo porque tesão não dá pra guardar, não esse que eu sinto por você. Eu reviraria essas dunas contigo, mas não teria graça alguma. Entende, pra mim, seria mais do que sexo, seria uma experiência. Pra você, no entanto, pouco menos do que nada. Cê é moço ainda.

4 comentários:

Pí Ême. disse...

Que forte, hein?
Adorei moça!

Marlon disse...

haahahah! dei risada! cê é moço, ainda.. grande.

Anônimo disse...

caraca eu adoro o que você escreve.

Roberto Passos do Amaral Pereira disse...
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