Sua cabeça, eu vejo, não desliga. É conta, conta, conta.
Não adianta tentar somar. É zero mesmo o que restou.
Você vai morrer.
Pode parar de calcular.
E o resultado não é bonito.
Sua família vai te ver indo embora nas piores circunstâncias .
Sem amor, sem admiração, sem uma gota de dignidade.
Com que coragem você deixa a Terra?
Nenhuma, eu sei.
Eu queria te dar uma colher de chá e sussurrar no seu ouvido que você pode ir em paz.
Não pode, né. Mas finge que pode.
Eu podia te dizer que vamos todos ficar bem e que você fez o que pode.
Não fez, né. Mas finge que fez.
E o que sobra para mim?
O meu resultado até que não é ruim.
Mas é, né.
Enfim.
Finge que não é.
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